terça-feira, 24 de abril de 2018

Notícias de política

Joesley Batista entrega novos documentos
sobre Caixa 2 e eleva pressão sobre partido


24abr2018 - Quase um ano após a Operação Patmos, que abalou o mundo político a partir das delações premiadas de executivos do Grupo J&F, Joesley Batista voltou à carga, com novos documentos que atingem integrantes de todo o espectro ideológico, com detalhes sobre os pagamentos que fez a dezenas de partidos ao longo dos anos, boa parte deles por caixa dois.

 Ao todo, Joesley está dando mais detalhes sobre 32 anexos complementares apresentados no ano passado, que reforçam as acusações de sua delação inicial, homologada em maio. Além disso, está trazendo novos documentos sobre os acertos criminosos com vários políticos e seus operadores financeiros. As novas revelações podem trazer mais complicações aos políticos já investigados no Supremo Tribunal Feder

Os irmãos Joesley e Wesley Batista também prometem dar mais detalhes sobre o recebimento de supostas propinas disfarçadas de doações eleitorais para o ex-governador do Ceará Cid Gomes. Desde que o caso veio à tona, ainda na fase original do acordo de delação com a JBS, Cid disse que as acusações eram mentirosas e anunciou ação judicial contra os delatores.


Somente neste ano, Joesley prestou oito depoimentos à Polícia Federal em sete investigações, uma média de dois por mês, e já tem data marcada para novos depoimentos em maio nas investigações da Justiça do Mato Grosso sobre esquemas de corrupção durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), entre 2010 e 2014. Neste caso, Joesley irá depor à Polícia Civil do MT para falar sobre as reduções de impostos que suas empresas conseguiram no estado depois de apoiar a campanha de Barbosa ao governo, em 2010. Silval Barbosa também aderiu à delação premiada e confirmou recebimento de doações irregulares da JBS.


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24abr2018 - A Polícia paulista prendeu esta semana vários líderes do MSTS, o movimento dos Sem Teto de São Paulo, por suas ligações com o Primeiro Comando da Capital, o PCC, a facção criminosa que controla o tráfico de drogas em boa parte do país. Além de operar para o PCC, o MSTS também atuava, em conjunto com outros movimentos sociais, em favor do PT de Lula e Dilma. O grupo comercializa crack e maconha na conhecida cracolândia na capital paulista.

O PCC é uma organização criminosa financiada principalmente pela venda de crack, maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de faturamento. O grupo está presente em 90% dos presídios paulistas e fatura mais de 600 milhões de reais por ano.

Após as prisões, os investigadores descobriram que os líderes  presos na Operação Marrocos tinham uma vida de conforto e luxo, graças ao dinheiro do tráfico de drogas. “O MSTS foi criado para disfarçar a atuação de uma organização criminosa”, disse o delegado Ruy Ferraz Fontes, chefe do Departamento de Narcóticos (Denarc), que confirmou que o grupo se fundiu à organização criminosa que comanda o tráfico de drogas no país de dentro dos presídios de segurança máxima.

SEGUNDO O SITE IMPRENSA VIVA.
O secretário-geral do MSTS, Wladimir Ribeiro Brito, preso em Maceió, em Alagoas, passava uma temporada de férias com a namorada, cercado de luxo e ostentação. Segundo as investigações, ele desviou dinheiro do PCC para comprar uma casa para a companheira e estava sendo cobrado pela facção.

Nas redes sociais, ele aparece em carros de luxo – várias fotos em veículos diferentes foram publicadas em 2015 na sua página no Facebook. O suspeito, porém, já cancelou a conta. Alguns veículos dele foram apreendidos pela Polícia Civil.

Para os investigadores, Ribeiro organizava encontros dos chefes do PCC que atuavam na Cracolândia. As reuniões aconteciam no 12.º andar do Cine Marrocos. Em um grampo, ele aparece negociando com uma traficante – que o chama de “patrão”. “Eu nem comprei maconha nessa semana para não me comprometer”, diz no áudio.

Já o coordenador-geral, Robinson Nascimento dos Santos, foi preso em casa, no Jabaquara, zona sul da capital. Segundo a Polícia Civil, o imóvel é de classe média alta e Santos também seria dono de uma casa de shows, chamada “Caldeirão”. Ele é acusado de coordenar a distribuição de drogas na região da Cracolândia, bem como de cuidar da contabilidade dos criminosos.

O Estado apurou que Santos seria cabo eleitoral do candidato a vereador Manolo Wanderley, do PCdoB. Segundo as investigações, Santos recebeu dinheiro para captar votos dos moradores da ocupação no Cine Marrocos. A direção estadual do partido informou que não localizou o responsável pelo diretório municipal para comentar o caso.

A vice-presidente do movimento, Lindalva Silva, também foi presa em casa, no bairro da Saúde, zona sul. Para a polícia, ela participava da contabilidade do tráfico e da distribuição do crack. “A vice-presidente mora em uma casa de alto padrão”, afirma Fontes. Segundo ele, nenhum líder do movimento morava nas ocupações. Todos têm imóveis e outros bens. A reportagem não localizou representantes do MSTS para comentar o caso.

Para a Polícia Civil, os integrantes da diretoria são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e nunca atuaram na área de habitação. “O único interesse era o tráfico de drogas e estruturar o PCC dentro dos movimentos de moradia”, afirmou Fontes.

Alvo da operação, o prédio do Cine Marrocos seria o quartel-general do PCC na Cracolândia. Lá, criminosos se reuniam para contabilizar o dinheiro e definir o que fariam com traficantes devedores. As manifestações à favor do PT e contra o impeachment de Dilma também eram coordenadas no local. (Fonte: NBO)

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Governador de Minas Gerais concede a
“Medalha da Inconfidência” ao diretor do MST

23abr2018 - Mesmo após o MST assumir autoria do ataque contra o prédio onde a ministra Cármen Lúcia tem um apartamento em Belo Horizonte, o governador Fernando Pimentel (PT) condecora um dos líderes do grupo com a ‘Medalha da Inconfidência’ – a maior honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais.

Segundo o site Band News, Silvio Neto, diretor do Movimento Sem Terra, recebeu a comenda, que é concedida a personalidades e instituições que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil.

Ele foi homenageado pelo governador 15 dias após militantes do movimento picharem e jogarem tinta na fachada do edifício da magistrada, que foi responsável por dar o último voto que negou o pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá.


Após o evento em Ouro Preto, neste sábado, a Senadora Gleisi Hoffmann, do PT, afirmou que o grupo merece ser reconhecido por suas lutas. (Da Redação do NBO)